Da redação
Considerado um dos techno heads de Santa Catarina, tarter é aquele sujeito boa praça, que não dispensa uma conversa com os fãs no dance floor e adora se jogar em uma maratona de festas no fim de semana. Entretanto, seu trabalho não se limita ao lado brincalhão e gente fina que a maioria das pessoas conhece, Emílio é o tipo de artista que se transforma no estúdio e leva de maneira muito profissional suas empreitadas, entre elas a Urban Soul, gravadora fundada em parceria com Kleber no começo desse ano.
Após vários meses planejando o debut do selo, agora ele está finalmente próximo de acontecer. Na próxima segunda-feira, o Chinatown, EP composto por uma faixa original de Renato Ratier e remixes de tarter, Kleber e Alex Justino, ganhará a luz do dia. O momento é de muita empolgação, principalmente pelo conceito do selo gerar grande entusiasmo em todos os envolvidos nessa primeira fase do projeto.
A Urban Soul é uma gravadora criada para explorar a cultura urbana e as sedutoras variações do techno, principalmente as que são focadas no dance floor. Emílio Tarter mostra-se animado com a expectativa criada pelo primeiro release, que é capitaneado por um dos grandes nomes da música eletrônica no Brasil. O DJ e produtor catarinense também antecipa que, além do campo digital, a US estará presente no mundo real, com inserções e festas regulares – uma delas já confirmada. Ouça a premiere do remix de tarter para Chinatown e saiba em primeira mão algumas novidades do selo.
HOUSE MAG – Emílio, prazer em falar com você. Conta pra gente como que surgiu a Urban Soul e qual foi o denominador comum que levou você e o Kleber a se unirem?
TARTER –
Fala turma! O prazer é sempre meu em falar com vocês! Então, a ideia de abrir um selo voltado ao techno é um sonho antigo, mas um pouco distante de acontecer até ano passado, por vários motivos, mas assim que comecei a trabalhar com o Alan Medeiros (Beats n` Lights) sempre deixei claro meus sonhos e objetivos, e ele sempre me ajudou em tudo, foi quando em uma conversa, ele me disse que poderíamos colocar em pratica o selo, como já conhecia o Kleber, e me identifico muito com a pessoa e também com o trabalho que ele exerce na música, achei perfeito a união para realizar esse sonho.Dentre os selos que você acompanha e admira, qual tem sido a principal referência para o trabalho da Urban Soul?
Como todos sabem, iremos trabalhar em cima de sons urbanos voltados ao techno, então não temos um selo só como referencia, pois a vertente é muito grande e temos muitas variações a serem exploradas nessa caminhada.
Sabemos que haverá um evento de lançamento do selo em Santa Catarina. Podemos esperar outras festas da Urban Soul pelo país?
Com certeza, a festa em Santa Catarina será o lançamento da marca no “mundo real” e terá alguns artistas chaves da gravaora. Temos a ideia de levar o showcase do selo para outros lugares do país, mostrando um pouco das nossas ideias para todo o Brasil. Em breve soltaremos as informações completas desse lançamento, que será no At Home, Praia Brava, em Julho.
Como foi o processo de escolha dos artistas para esse primeiro release? O que podemos esperar desse EP na pista?
Tenho uma ótima relação com o Renato Ratier, alem de trabalhar na agência e no clube, somos amigos e acredito que ele seja o nome mais forte na cena underground brasileira. Nada melhor que ele para dar o ponta pé inicial no projeto. Conversamos com ele, que aceitou de primeira, decidimos então fazer um remix meu e outro do Kleber, finalizamos convidando o Alex Justino como um special guest para remixar também. Esperamos um ótimo resultado pois todas as faixas tem uma característica única, de cada produtor.
Após o 001, quais são os produtores que passarão pelo selo na sequência?
Temos alguns artistas alinhados para os próximos lançamentos, alguns deles são: Albuquerque, Wilian Kraupp, Ariel Merisio, Andre Anttony, Bernardo Ziembik.
Para encerrar, fale um pouco sobre o conceito de trabalho da Urban Soul, relacionado a cultura urbana do techno. Obrigado!
Desde que comecei a trabalhar com musica sempre vesti a bandeira do techno. Com a abertura do selo, quero poder disseminar ainda mais essa cultura tão forte lá fora do país, criando possibilidades para mostrar artistas aqui do Brasil que produzem essa linha de som. Também desejamos propor um intercâmbio cultural com artistas do exterior, mas isso é um papo para termos mais pra frente. Obrigado pelo espaço!
