Por: Anderson Santiago
Neste sábado (dia 10), rola a estreia de uma nova festa eletrônica em São Paulo, a Eko. A proposta do evento é ser um agito diurno e noturno para curtir techno e house da melhor qualidade, mas o projeto nasce ainda mais ambicioso: “Lançamos uma gravadora, chamada Ekord, que é ligada diretamente à festa. Os dois primeiros EPs serão de novos artistas em que estamos apostando: Mari Herzer e Nicolas Pera. No último domingo, também fizemos um live streaming na nossa sede, a Ekohouz, onde temos nossos estúdios que já estão recebendo workshops da Ableton e aulas de produção musical e discotecagem”, conta Exequiel Felipelli, DJ e produtor argentino radicado em SP que é figura já conhecida da noite e comanda o projeto com o também DJ Johnny da Cruz.
Para a primeira edição, os rapazes capricharam no line-up, chamando como headliner o DJ alemão Lake People. O produtor de Lipzig faz um dos sons mais interessantes da música eletrônica hoje: orgânico e minimalista, mistura Techno e House para criar hits elegantes, como “Point In time”, que bombou mundialmente e era track obrigatória de qualquer pista classuda lá em 2012 e 2013.
Ele acabou de lançar o seu segundo disco, chamado “Phase Transition”, pelo incrível selo japonês Mule Musiq. Usando sintetizadores analógiocs, ele gravou o disco em casa e na estrada, bebendo muito da fonte do deep house. O resultado é finesse pura, do começo ao fim.
Antes de sua apresentação (mais infos sobre a festa aqui), ele nos respondeu 5 perguntas básicas e essenciais.
HOUSE MAG – O que te fez virar um DJ e produtor?
LAKE PEOPLE – Obviamente que eu sempre fui muito interessado em música, mas às vezes, a habilidade do próprio computador em funcionar como um instrumento foi um dos motivos que me levou a essa direção e me fez começar a produzir música eletrônica.
HM – O que mais te inspira quando está compondo uma faixa? Experiências, lugares, sentimentos, situações?
LP – Creio que nenhum deles em particular. Eu diria que a arte da música em geral, os instrumentos e, claro, outros artistas são o que considero mais inspirador. As longas viagens de trem também me afetam. Tenho notado que muitas vezes estou mais focado quando estou nelas do que no estúdio, acho que tem algo a ver com o movimento constante…
HM – O seu primeiro álbum era muito emotivo e profundo, lançado no auge da explosão do techno melódico. Seu som mudou um pouco desde esse época?
LP – Eu realmente nunca pensei muito sobre isso, ainda mais dessa forma. No entanto, sim, meu som mudou desde o último álbum. Eu sempre tento fazer algo novo na próxima faixa, o que naturalmente leva a uma certa mudança no longo prazo.
HM – Depois do novo álbum, o que mais veremos de Lake People no futuro próximo?
LP – Eu vou dar um bom espaço agora para o novo álbum e, em seguida, lançar algumas novas faixas até o final do ano. Além disso, vou lançar um novo EP sob o meu outro apelido Llewellyn, que incluirá algumas faixas de house e disco. Eu também produzi algumas faixas de techno mais rápidas e ágeis, que em breve devo lançar sobre outro nome também. Fiquem de olho!
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