Anderson Noise: produtor comemora 1 ano da sua biografia e bate-papo com a House Mag

Por Luiza Serrano

Foto de abertura: Kaique Tallen

Coincidência, ou não, o DJ e produtor mineiro Anderson Noise, um dos pioneiros da música eletrônica no país, tem uma intensa relação com o espaço. Nasceu 9h depois do primeiro homem pisar na Lua.

Esta história está registrada em sua biografia “O Barulho da Lua”, assinada pela jornalista Claudia Assef. “Eu ainda não acredito que já se foi um ano do lançamento de `O Barulho Da Lua`. 2020 era o ano que aconteceriam várias festas de lançamento do livro, em diferentes cidades. Foi triste não poder embarcar no dia 16 de março para a Alemanha, onde aconteceriam festas de lançamento em Berlim, e depois Lisboa e Porto”, explica o mineiro que, apesar dos contratempos, tem muitos motivos para comemorar e, por isso, para celebrar um ano do livro, convidou o público para uma viagem intergaláctica para a sua nova track, “Sputnik”, lançada no último dia 22 de janeiro.

“Ter uma biografia é uma conquista que nunca imaginei, algo muito interessante e importante na verdade. A Claudia Assef narrou minha vida profissional e pessoal com vários momentos significativos pra mim, uma honra. Me sinto feliz por ter impactado de maneira positiva a cena e a vida das pessoas que tive um convívio próximo”, conta.

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Claudia Assef e Anderson Noise – Foto: divulgação

A faixa ganhou um vídeo produzido pela lenda das lentes, Fabio Mergulhão, no seu projeto #serieTRINTA.

 

Agora, já pensou quanta história Anderson Noise carrega na bagagem para uma biografia como “O Barulho da Lua”? São 30 anos de muita música e experiências. Nesse percurso, muitas mudanças no mundo e, claro, no universo da música eletrônica. E como será que ele vê a cena que le faz parte, intensamente, nessas três décadas? “São muitas as mudanças, mas, para mim, as principais foram a chegada do MP3; sites ilegais para fazer download de músicas e tudo que imaginar; equipamentos que possibilitaram várias pessoas serem DJ’s por causa do sync; as mãos livres para aplaudir e que agora são usadas para segurar o celular para fazer gravações; a falta de privacidade que perdemos para dançar e se divertir por causa dos registros feitos por telefones e automaticamente compartilhados nas redes sociais; a rapidez para compartilhar uma música e conectar com seu público no globo, a criação de instrumentos virtuais”, papo de quem viveu tudo isso e, bem de perto.

Desde 1998, quando Noise lançou seu site, o produtor fazia associações dos seus projetos e pôde apresentar plataformas inovadoras como a Radio Noise em 2001 e a TV Noise em 2004. “Ambos foram pioneiros aqui no Brasil”, afirma.

Assim como seus amigos de profissão, sem poder tocar durante a pandemia, Anderson Noise tem se considerado mais produtor do que DJ neste momento. E essa dedicação reflete em seus projetos futuros, que são muitos e estão na base de lançamento do seu foguete que vai muito além da música. “Pretendo apresentar um novo label com bpm mais lento, novidades no Noise Music. Estou trabalhando no retorno da Radio Noise e na viabilização da #serieTRINTA em um projeto cultural, junto com meu parceiro Fabio Mergulhão. Além, é claro, de novas colaborações, muitos  lançamentos do Nie Myer e do meu trabalho solo”, revela.

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