Conheça D.Marco: DJ e produtor brasileiro residente da gravadora nova iorquina NYLO

Por redação

Foto de abertura: divulgação

A pandemia da Covid-19 tem afetado inúmeros trabalhadores no país, especialmente, aqueles ligados ao mercado de eventos e entretenimento. Artistas têm se queixado sobre a paralisação de shows, sua principal fonte de renda, mas em meio aos problemas gerados pela epidemia mundial, D.Marco passou a enxergar esse período como uma oportunidade para crescimento da carreira.

O DJ e produtor, que iniciou sua jornada artística há 15 anos em grandes casas noturnas paulistas, afastou-se da sua paixão por um tempo, mas, teve um retorno triunfante em 2015, lançando mais de 10 faixas (como  “Closer”, “Shooter” e “Home”) em gravadoras internacionais de renome e alcançando grandes resultados no Beatport e Traxsource, plataformas internacionais de venda de música eletrônica.

Residente da gravadora nova iorquina NYLO e do beach club paulista Casa Flutuar, D.Marco já dividiu palco com grandes nomes nacionais, entre eles, Chemical Surf, Pontifexx e Bruno Be, e recebeu apoio de outras referências internacionais, como duo alemão Tube & Berger. 

Com influências do nu disco, indie dance, progressive house e house mixados com a originalidade, Estevão de Marco explica em conversa com a House Mag sobre sua entrada no mercado eletrônico internacional, motivação em meio à pandemia e objetivos de carreira. Confira!

HM – Como foi o seu primeiro contato com a música eletrônica?

Pelo o que eu me lembro bem, foi no final dos anos 90. Ainda criança, eu era fascinado pela dance music da época. Gala, Alexia, Lina Santiago, entre outros artistas icônicos que ouço e me influenciam até hoje.

HM – Qual o sentimento de conquistar cada vez mais o cenário internacional?

É uma mistura de sentimentos na verdade. Amo meu país e conquistar mais o mercado nacional seria um presente, além de ser um de meus objetivos. Por um outro lado, entendo que minha linha de som conversa muito com o que vem rolando lá fora há um tempo, principalmente, na Europa. Isso é uma grande demonstração de reconhecimento, já que estamos falando de uma região referência nessa vertente. Isso me motiva bastante a trazer coisas novas para a audiência nacional e seguir meu propósito.

HM – Você passou por uma pausa na carreira musical. O que te inspirou e como teve a certeza de que era o momento de voltar?

Mesmo longe de exercer de fato a profissão artística, a música eletrônica nunca esteve distante de mim, e muito menos a vida noturna. A semente sempre esteve plantada, mas germinou de vez quando a pandemia chegou ao Brasil e tivemos que ficar em casa. Foi hora de remontar o estúdio e colocar a cara nas produções de novo, um caminho sem volta!

HM – Existem artistas brasileiros e internacionais que você sonha em produzir algo junto?

Muitos. Acho que todo artista no Brasil sonha em produzir algo com Vintage Culture, mas ,na sonoridade que estou buscando, atualmente, Meca também seria uma grande realização. As maiores referências são de artistas internacionais, então o sonho vai longe: Earth n Days, Kaz James, Robert Burian, Phantoms, Zhu, Purple Disco Machine, Claptone, Discotron, entre outros.

HM – Em qual patamar você ainda deseja chegar?

Difícil especificar, pois agora eu estou olhando muito para o processo, cada passo dado é uma conquista e um aprendizado. Meu propósito é mostrar para cada vez mais pessoas que é possível (e muito) conhecer uma nova sonoridade enquanto você já está dançando na pista e se apaixonar por ela. De modo mais tangível, acredito que quando eu lançar faixas por uma gravadora como a Defected, por exemplo, já vou ter uma relevância que me agrada na cena.

HM – O que podemos esperar do projeto neste ano?

Um 2021 como resultado de um 2020 em estúdio, com muitas experimentações, arriscando e apresentando uma formação sonora. No primeiro semestre, os lançamentos virão com essa cara. Já no segundo, as tracks virão com uma identidade mais perene, influenciadas pela house music e disco. Além disso, projetos que vão endossar a parte artística estão engatilhados, como labels de festas com conceitos disruptivos jamais vistos em São Paulo. A ideia é influenciar o cenário local fazendo algumas “provocações” ao que já está estabelecido como padrão de experiência de entretenimento, principalmente no que diz respeito à música eletrônica no país.

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